05 setembro 2014

ARTINCLUSÃO apresenta: " O MITO DE NARCISO - PINTURAS " - obras de 16 adolescentes em total privação de liberdade na Fase.

Por solicitação da simpatizante Ângela Ponsi estamos divulgando este belo projeto. Compareçam!


  O  Espaço Cultural do Memorial do MP (Praça Marechal Deodoro, 110 - Centro) se prepara para receber esta exposição, com abertura marcada para o dia 15/09, das 18h às 21h, com performances em música e teatro e, na sequência, o diálogo: " Auto-retrato: arte e ética no cárcere " com Renata Guadagnin, Mestranda em Ciências Criminais/PUC, Dr. Montserrat Martins, Psiquiatra Judiciário e o Projeto Observatório de Juventudes - que reúne o IPA (Direito, Psicologia e Enferrmagem) e a Secretaria da Segurança do RS junto aos apenados, de 18 a 25 anos, do Presídio Central de Porto Alegre.
              Projetos extra - grades convidados para participarem da exposição e fazerem o contraponto: Oficina de Teatro Padre Reus, Fazendo Arte no Padre Reus e o Atelier e Galeria. Estes três grupos trabalharam o mesmo tema, no teatro e na pintura - nesta utilizando o mesmo material na técnica acrílica sobre tela e as mesmas dimensões de telas, 50x70 e 1.20x70, totalizando 50 obras ao todo. Resultado: não houve diferenças no fazer artístico, provando que estar dentro ou fora das grades é uma questão circunstancial.  Esta e outras questões relevantes, para mudanças de paradigmas de nossas prisões, farão parte do diálogo com o público presente.
              Motivo do Tema: Narciso possui uma família semelhante à da maioria dos adolescentes na Fase e dos apenados em geral. Nasceu de um estupro do deus-rio, Céfiso, a ninfa, Liríope. Tem uma infância marcada pelos conflitos desta relação tumultuada, agravado pela impossibilidade de ver sua própia imagem, por sua beleza. Aos 16 anos vê sua imagem refletida no lago, apaixona-se por ela e morre afogado. Para Freud e Jung, cujas teorias tem como um dos pilares importantes este mito, sua morte simboliza um renascimento para uma vida mais fecunda. Reviver este mito, com os adolescentes em total privação de liberdade,  mirar-se no espelho (lago), na criação de seus auto-retratos, pelo simbolismo do desenho e da pintura, é uma possibilidade de resignificar seus traumas e refletir sobre sua realidade com mais consciência.
              Todas as obras dos adolescentes da Fase poderão ser adquiridas, com verba integral para seu autor.
              A exposição poderá ser visitada até 30.09, em horário comercial.
              Esta é a 5ª exposição do Projeto Artinclusão, idealizada e executada por Aloizio Pedersen - professor e artista plástico, verbete de vários dicionários nacionais - junto a 3 alas (B, C e D) do Case POA II/Fase, pela Escola Tom Jobim.
              Iniciado em março de 2013, em dezembro do mesmo ano já era distinguido com o Prêmio Menção Honrosa em Direitos Humanos no RS. As 4 exposições anteriores renderam R 2.500,00, verba integral para os autores das obras e suas famílias. Desta forma, o projeto cumpre seu objetivo de lidar com a linguagem simbólica do desenho e da pintura como ferramentas de inserção social.
              Certo do apoio na divulgação deste evento, coloco à disposição qualquer informação ou marcação de visita nestas oficinas da Fase, pelo fone 9986.6250, ou face:
              www.facebook.com/aloizio.pedersen1


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